terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Grandes poluidores no planeta

Muitas coisas mudaram após a Revolução Industrial do século 18. Entre as mudanças que mais podem influir no futuro da humanidade no planeta está o quadro da poluição ambiental, grande parte pode ser atribuída aos países desenvolvidos, isso é indiscutível, mas o que torna esse quadro ainda mais alarmante é o fato de muitos países estarem em desenvolvimento, aumentando a demanda global por energia. Em 2005, através de muitos estudos estipularam um aumento de 50% no consumo de energia até 2030. Valor que até o momento está se cumprindo fielmente! Enquanto a redução estipulada pelo Protocolo de Kyoto em fevereiro do mesmo ano fica com o objetivo cada vez mais distante.


A China já ultrapassou os EUA e se tornou o maior poluidor global, porém é um país ainda em desenvolvimento e se tornou o maior emissor do mundo em função do crescimento econômico e da matriz energética baseada em carvão. A China adota um critério próprio classificando as emissões per capita, caindo, assim para a oitava posição graças à gigante população, a China alega que, pelo fato de o país ainda estar em desenvolvimento ele tenha direito à, literalmente, queimar todo o seu carvão em prol do desenvolvimento. Enquanto defende a idéia de um país como os Estados Unidos, que já tenha se desenvolvido e se solidificado econômicamente, sim, precise diminuir o consumo de energia. Os Estados Unidos ratificou a Convenção do Clima da ONU em 1992, porém rejeitou o Protocolo de Kyoto. Atualmente os Estados Unidos adota um padrão visando combustíveis renováveis, com a meta de produzir 15 bilhões de galões de biocombustíveis até 2015 e 36 bilhões até 2022.


A União Européia recebeu reconhecimento internacional por anunciar metas climáticas "ambiciosas", como reduzir pela metade as emissões até 2050. Os países do grupo possuem padrão para eficiência energética e fontes renováveis, se aperfeiçoou e está ganhando dimensões mais rígidas de 2008 à 2012. Até agora nenhum Estado membro acionou algum tipo de política mais rígida. A Rússia apresenta um cenário um pouco melhor graças ao declínio absoluto das emissões no início da década de 1990. Porém o quadro mudou muito à partir de 2009, em que o país aumentou constantemente a emissão e não há quase nenhum tipo de política estabelecido que possa controlar isso.


No Brasil a maior parte de emissões vem das mudanças e queimadas do solo que correspondem por 75% dos gases-estufa emitidos. O desmatamento mostra tendência decrescente, mas é muito sensível aos preços internacionais das commodities agrícolas. O Brasil ratificou a Convenção do Clima da ONU e também o Protocolo de Kyoto. Criou o Proálcool para apoiar o uso do etanol como substituto do petróleo. No País, a gasolina regular contém 25% de etanol. Na Índia as emissões per capita estão bem abaixo da média de um país em desenvolvimento, porém o País também apresenta o perfil de aumentar em emissões absolutas. Há forte dependência de carvão, embora alguns esforços surjam no sentido de melhorar a eficiência energética do País, bem como a participação de energias renováveis. O Japão também tem índices de emissão relativamente baixos comparados à média de países industrializados, em virtude da alta eficiência energética e do uso de energia nuclear. Mas as emissões absolutas estão aumentando e não há nenhum projeto obrigatório em reduzi-las além do Protocolo de Kyoto e da Convenção do Clima, ratificados pelo País.


No Brasil o Plano Nacional de Mudança Climática é finalmente anunciado. O programa que foi lançado em setembro de 2008 pelo ministro Carlos Minc pretende dobrar a área de florestas plantadas no Brasil nos próximos sete anos, mas não estabele metas de redução de desmatamento, responsável por 75% das emissões brasileiras de gases de efeito estufa. O documento destaca a intenção de aumentar de 0.5% para 20% a co-geração para a produção de energia e a substituição de 10 milhões de geladeiras até 2018. A versão final ainda deverá ser assinada no ínicio de 2009. Também buscamos a redução sustentada das taxas de desmatamento até que se atinja o desmatamento ilegal zero. Ou seja, a perfeição!



Ordem e Progresso.

Um comentário:

Jotas disse...

De facto, um dos grandes problemas ao nível de todos, mas principalmente das grandes potências mundiais, é o desrespeito pelo Ambiente e por inerência pela natureza. O tratado de Quito, já de si insuficiente e pouco ambicioso é constantemente desrespeitado.
Mas o papel por um mundo melhor é de todos nós, infelizmente andamos muito distraídos e sem vontade de por vezes abdicarmos de pequenas mordomias